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Escassez x Abundância


Egoísmo ou Gratidão? Desde que comecei a conhecer e estudar a Doutrina Espírita, ouço falar da palavra egoísmo, como sendo a "Chaga da Humanidade"... filho do orgulho, fonte de todas as misérias terrenas. Contrário ao altruísmo que enobrece, o egoísmo só diminui e traz infelicidade. Somos egoístas em todas as áreas onde interagimos, na família, no trabalho, na sociedade... É mais fácil entender como egoísmo age, se o ligarmos ao apego. O sentimento de posse, sobre pessoas, coisas e até mesmo sobre sentimentos, forma o "Ser egoísta", que acha ter razão sobre tudo, é dono de tudo, sabe de tudo, além de fazer o mundo girar ao redor de seu próprio umbigo. A melhor definição para um egoísta e dizer que ele pensa em SI antes de qualquer outra coisa, até mesmo de Deus! Vive em função de si próprio, é incapaz de olhar para os lados e observar que existem outras almas ao seu redor. Os pronomes que mais usa, são meu e minha, que são pronomes possessivos, ou seja, palavras que indicam ideia de posse. Usa essas expressões sem qualquer culpa, o que é ainda mais preocupante. A consciência de um egoísta, ainda está em estágio de "sono". No Capítulo XI do Evangelho Segundo Espiritismo, onde o tema ganhou destaque, no item 11, podemos ler que: "O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a SI mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens". O egoísta vive na ESCASSEZ. Sempre lhe falta algo, nunca está satisfeito, a vida é sempre dura e sofrida. Seus sonhos nunca são realizados completamente e ele vive em pleno desagrado, sempre com um vazio existencial, por não possuir o carro do ano, ou a bolsa de marca, além de um corpo perfeito. É um verdadeiro "miserável espiritual". A família que possui é sempre a pior, o trabalho o mais penoso e tem o parceiro mais complicado que qualquer outra pessoa possa ter. Resumindo, o "Ser egoísta" prefere inclusive, acumular problemas, ao invés de tentar soluções. Em seus ensinamentos, no livro Florações Evangélicas, Joanna de Ângelis nos explica. "Os problemas são frutos da inércia do próprio homem que, negligente, acumula dificuldades, por egoísmo, desaire ou precipitação. - A vida é um desafio que merece carinhoso esforço de coragem e significativa contribuição de trabalho" Por outro lado, a pessoa grata, vive na ABUNDÂNCIA. Tem a melhor família, o melhor emprego, os amigos que necessita para sua evolução. Acorda pela manhã e agradece a Deus apenas pelo dom da Vida, não importa se o dia esteja chuvoso ou radiante de sol, porque entende que todas as diferenças do tempo são importantes. É feliz com o que tem, e quando conquista qualquer coisa, divide com aqueles que ama. Pensa no outro antes de SI mesmo, é generoso e tudo lhe surge aos olhos, como milagres divinos, porque tem em Deus, seu começo e também seu fim. Está desperto para as evidências da alma, tem Fé e vive com o mínimo, sem queixumes. Tudo compartilha, por isso, parece receber sempre mais. Na obra, Psicologia da Gratidão, Joanna de Ângelis nos faz entender que: "A gratidão deve transformar-se em hábito natural no comportamento maduro de todos os seres humanos. Para que seja conseguida, necessita de treinamento, de exercício diário, em razão da sombra vigilante que propele à conduta da distância, da indiferença ou mesmo da ingratidão. O ingrato, além de imaturo psicológico, é vítima da inveja, da competitividade doentia, do primarismo evolutivo. A ingratidão viceja nos grupamentos sociais onde predominam o egoísmo e a sordidez. O grande desafio existencial é o de bem viver-se e não o do pressuposto viver-se bem, entulhado de coisas e ansioso por novas aquisições, entre tormentos íntimos e desconfianças afligentes" e finalizo com outro pensamento, do mesmo livro, da mentora de Divaldo Franco, onde ela diz: "A gratidão é a assinatura de Deus colocada na Sua obra. Quando se enraíza no sentimento humano, logra proporcionar harmonia interna, liberação de conflitos, saúde emocional, por luzir como estrela na imensidão sideral..." Assim Seja!


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