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Saber Calar

Em nossa mente ainda não medimos as consequências do que falamos e muito menos do que pensamos. Todos somos juízes e réus em comentários desprovidos de amor. Saber calar, antes de tudo, é um grande exercício de humildade e caridade. Controlar a língua que se transforma em dardo venenoso, é para nós uma tarefa imprescindível e de inimagináveis consequências, tanto no campo das boas resoluções, quanto nas condenações que executamos sem o critério do perdão incondicional.

Quantos males poderiam ser evitados se agíssemos com mais moderação? Quantas dores resultam de nossa ganancia e da falta de respeito pelas fraquezas alheias? Não só de pão nós viveremos, mas de tudo o que sair de nossa mente em forma de palavras e atitudes.

Somos sempre vitimas de nossas próprias palavras. Cada fala e cada comentário carregam consigo energias que lhes são semelhantes. Os comentários maldosos sobre as atitudes desta ou daquela pessoa geram em nosso psiquismo, ondas magnéticas desarmônicas que nos sintonizarão com pessoas de psiquismo semelhante, sejam no plano físico ou espiritual.

Nossas reservas de luz, conquistadas nos campos do amor estão sempre carecendo de reposição continua, pois nossas palavras e atitudes ainda demonstram nossa falta de bom senso diante das diversidades da vida. Um grito de socorro ecoa em todo o planeta, nós que somos espíritos imortais, queremos a liberdade homologada por Deus no ato de nossa criação. Para poder expressar o nosso amor por nossos amores da forma e na condição que nos inspira as nossas almas.

Saber calar é aprender a ouvir, é sentir no semelhante à extensão de nós mesmos. E a cada um de nós, Deus nos entrega à missão, para entendermos através das vidas sucessivas que somos todos irmãos.

Contudo, é sempre na busca deste pensamento de irmandade que encontraremos nossas grandes dificuldades de exemplificar este tão nobre sentimento de nos aceitarmos como verdadeiros irmãos, respeitando as diferenças e buscando sempre a atual necessidade de aprender a amar sem esperar que o outro nos ame também.

Quando nossa mente se harmoniza, a nossa boca silencia, nossa alma se inspira projetando palavras, e versos de amor. Deste modo sabendo ouvir, aprendemos a reproduzir melhores diálogos com os nossos semelhantes e diminuindo assim a criação de novos desafetos.

Saber calar é aprender a compreender nossos irmãos de caminhada terrena, entendendo que não são os sãos que precisam de médico, mas sim, os doentes da alma.

Mas lembre-se: Tudo inicia-se em sua mente, desde os gestos mais generosos aos crimes mais hediondos. E a cada um, segundo aquilo que pensou e realizou. Deus jamais coloca fardos pesados em ombros fracos, somos todos capazes de irmos muito mais além. E quando nossa boca se fecha para toda calúnia e maldade, nosso coração se abre para receber Jesus.


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