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Os Invisíveis


No seminário realizado este ano, em Florianópolis - SC, Divaldo Pereira Franco falou de um tema que ficou latente em minha memória... "Os Invisíveis", assunto este, que venho refletindo desde então. No Oitavo Congresso Espírita Mundial, que aconteceu no começo do mês

de Outubro, em Portugal - Lisboa, Divaldo em entrevista, comentou novamente sobre a atenção que temos que ter com "Os Invisíveis". Mas quem são esses Espíritos que precisam de nosso olhar especial e caridoso? Será que são os "marginalizados" pela sociedade? Pessoas discriminadas por sua, cor, idade, opção sexual ou religiosa, situação financeira, entre muitos outros padrões que a nossa cultura atual impõe? Será que "Os Invisíveis", se resumem a completos estranhos, ou será que o nosso olhar não precisa ir tão longe...vagar tanto, para encontrá-los?! Pensando um pouco mais sobre tudo, e tendo como base a Doutrina Espírita, e seus ensinamentos, humildemente acredito que tudo começa em nós mesmos. Olhar para Si, pode ser o primeiro passo. Será que nossa essência não está oculta? Invisível? Não estou me referindo à "persona" como falam na Psicologia, à "máscara", à parte material do ser... Essa pode estar até bem visível, sendo bem atendida. O corpo bem tratado, o ego muito satisfeito, inclusive. Estou pensando além... na nossa parte esquecida, naquela cheia de gavetas empoeiradas, que pouco são abertas. Será que estamos nos amando realmente? Será que nos conhecemos o suficiente? Ou será que somos estranhos a nós mesmos? Partindo desse ponto, de nós, podemos continuar a olhar ao redor. Será que enxergamos realmente nossos familiares? Pais, aquele filho, filha que está sempre no quarto ou na internet... um irmão, irmã...um avô ou avó...marido e esposa. Será que olhamos para eles e realmente captamos a sua verdadeira situação? Ou fingimos que está tudo bem? Como está o nosso íntimo e o interior dos nossos? Será que nós não somos esses Invisíveis? Nosso querido Divaldo quando falou do assunto, citou que o remédio para essa "enfermidade moral" é o Amor...assim, quando temos um olhar amoroso para com nós mesmos e com os outros, essa "invissibilidade" transforma-se em realidade, em Verdade. Esse amor a Deus, junto ao autoamor e ao amor ao próximo, dissipa qualquer névoa, ilumina qualquer sombra, reluz qualquer sentimento...faz ver qualquer alma. No livro, Amor, Imbatível Amor, Joanna de Ângelis nos dá um conselho objetivo e certeiro: "Em qualquer circunstância a terapia mais eficiente é amar". E quanto às pessoas que encontramos na sociedade, em nosso dia a dia? No trabalho, escola...nos serviços gerais, na rua? Eles também nos são invisíveis? Sim, e muitos deles são tratados com descaso e até mesmo arrogância. Os serviços que nos prestam, são encarados como meras obrigações, sem qualquer reconhecimento, atenção ou agradecimento. São almas tristes, que vagam pelas ruas do planeta, sem um sorriso, sem ânimo...tento como companheira a tristeza. E você, consegue VER essas pessoas? Por isso, não podemos esquecer do que Jesus nos exemplificou: "Todos são iguais perante Deus". É importante enxergar a todos, com os olhos do amor e da caridade, porque só assim nos sentiremos plenos, realizados e verdadeiramente colocando em prática o que viemos realizar, evoluir. Praticar essa nossa "visão moral", para VER tudo e todos com outros olhos, requer tempo, vontade e fé. Todos temos condições, basta apenas querer. Pensar como Espíritos que somos. Sei que este é um texto com muitas perguntas, bastante argumentativo, mas isso é justamente para refletirmos sobre "Os Invisíveis", sobre Deus, nós e os outros.

Assim seja.


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